Porqe até agora o Setubal na Rede não corrigiu o erro inadmissível publicado após conversa com a Direcção da União dos Sindicatos de Sines, enviamos mensagem aquele diario no sentido da reposição da verdade.
Assim, publicamos abaixo, o que está em causa porque temos a consciência e o discernimento para distinguir o que é jornalismo e Sindicalismo sérios de outras coisas.
P'la Direcção
ef
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Trabalhadores da Central Eléctrica de Sines ponderam greve
Os trabalhadores do quadro permanente da EDP e de outros empreiteiros da eléctrica “não descartam a hipótese de avançar para a greve”, confessa Egídio Fernandes, dirigente da União Local de Sindicatos de Sines, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal. O sindicalista considera “ilegal os operários terem de pagar as acções de formação que a EDP impõe aos seus funcionários”. A empresa obriga os operários da empresa a terem um “passaporte de segurança”, situação que a intersindical nacional apoia, mas “o que não é aceitável é que, à revelia dos direitos laborais, os trabalhadores tenham de o pagar do seu bolso”, defende.
A formação dada pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), nas áreas de segurança, higiene e saúde do trabalho (SHST), tem estado a ser “custeada pelos trabalhadores, num valor de 173 euros”. Egídio Fernandes diz que “a EDP tem descontado os valores correspondentes à formação no ordenado dos operários, violando o Código do Trabalho” (CT). Segundo a lei laboral, as medidas e actividades relativas à SHST não implicam encargos financeiros para os trabalhadores, comprometendo a “responsabilidade do empregador pela segurança e saúde” dos operários.
O responsável da CGTP condena ainda que a EDP e os empreiteiros que trabalham para aquela empresa “descontem os dias de trabalho gastos na formação”. As acções levadas a cabo pelo ISQ decorrem nas instalações da central eléctrica, num prazo mínimo de dois dias. “É inaceitável que o tempo de uma formação que é obrigatória não seja remunerado pela entidade patronal”, diz Egídio Fernandes.
Face a esta situação, a mesma fonte diz que “os trabalhadores têm-se dirigido à CGTP para se informarem dos seus direitos”, ponderando pedir à Inspecção Geral do Trabalho (IGT) que intervenha. A União de Sindicatos vai pedir à IGT que inspeccione as condições em que este problema se tem desenvolvido, “para que se faça cumprir a lei”, informa. Neste sentido, circula já um abaixo-assinado, promovido pelos trabalhadores queixosos, no intuito de reclamar junto da EDP. “Se o problema não se resolver de forma pacífica, a CGTP pondera avançará para a greve”, conclui.
Em relação a esta questão, a EDP não quis prestar declarações, apenas respondendo por escrito que “nunca cobrou, nem cobra, qualquer verba de formação ou desconta aos seus trabalhadores os dias em que esta decorre”. A mesma fonte oficial da empresa assegura ainda que, no campo laboral, “cumpre sempre as suas obrigações”.
Simão Agostinho - 19-03-2007 14:18
Resposta da União de Sindicatos de Sines
Ex.mos Srs,
Ser jornalista é antes demais ser bom ouvinte e saber interpretar factos e narrações dos mesmos.
Para além disso, é necessário ter características de isenção e ser verdadeiro naquilo que se escreve para não por em causa terceiros ou mesmo a fonte da notícia que, de mente aberta se disponibilizou para a descrever.
Ora o que acontece na notícia dada por V. Exªs no "Setubal na Rede" de Hoje, dia 19.03.2007, é um autêntico atropelo aos princípios enunciados...
Assim, o que referem logo no vosso primeiro parágrafo, e que foi bem frizado pelo interlocutor, NÃO SÃO OS TRABALHADORES DO QUADRO PERMANENTE DA EDP QUE ESTÃO EM CAUSA.
EM CAUSA ESTÃO OS TRABALHADORES PRECÁRIOS QUE SÃO EXPLORADOS POR ALGUNS EMPREITEIROS QUE TRABALHAM PARA A EDP.
A Estes, é-lhe descontado no venciimento os valores do custo do passaporte de seguranção que a EDP exige, mais os dois dias gastos na formação para a obtenção daquele certificado.
Quando dispusemos o contacto da Direcção da União de Sindicatos, tinhamos a convicção que as informações que prestavamos não eram adulteradas até porque, o comunicado que foi distribuído era explícito. Infelizmente enganamo-nos relativamente ao SR.
Assim, exige-se que a notícia seja colocada no seu devido lugar. A não acontecer irá ser distribuído novo comunicado alertando os trabalhadores em Geral para a correcção que se impõe.
Quem decide da necessidade de lutar com greve ou com outras formas são os trabalhadores e os seus representantes, Nunca o SR, a EDP ou os empreiteiros associados.
Como informação, prestaram um mau serviço à comunidade. Entendemos que queiram mostrar trabalho mas, há que ter rigor no que se escreve.
Saudações
ef
P'la
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União de Sindicatos de Sines