20 agosto, 2009

FUTURO INCERTO FABRICA ARTENIUS (SINES)

Nota de Imprensa

FUTURO INCERTO DA FABRICA ARTENIUS (SINES)

Numa reunião realizada ontem, com a Direcção da Artenius Sines (Grupo La Seda Barcelona), no sentido de nos inteirarmos da situação em que está o projecto, apercebemo-nos que o futuro desta unidade fabril poderá estar mesmo em risco por falta de financiamento.

Recorde-se que em Março do ano passado foi o lançamento da 1ª pedra deste projecto, que pelo facto de ser um projecto novo (feito de raiz), evoluiria no sentido de criar sinergias com outras empresas da região, possibilitando a dinamização do Porto de Sines, arrastando também novas fábricas, dinamizando a economia da região, e sobretudo criando 350 postos de trabalho entre directos e indirectos - foi considerado um PIN.

Estivemos presentes no lançamento da 1ª pedra e congratulamo-nos com o facto de ser um projecto novo que iria criar empregos, mas também alertamos na altura que os postos de trabalho a preencher deveriam ser preenchidos por trabalhadores da região, ou que cá quisessem estabelecer residência bem como deveriam ser salvaguardados os direitos contratuais e de cidadania.

Contudo, um ano e meio depois, está este projecto já atrasado em cerca de um ano, e a correr o risco de vir a ser mais uma pedra no sapato dos contribuintes portugueses, pelo facto de um dos principais investidores que é a (CGD), não estar a desbloquear o financiamento necessário para o seu desenvolvimento.

Foi-nos transmitido pela administração da Artenius em Sines que tudo estão a fazer para arranjar uma solução para o problema, mas que agora o que lhes falta é apenas o desbloqueio do financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos, que poderá vir a acontecer (ou não) se conseguir arranjar financiadores para este projecto.

Sendo a CGD uma instituição do Estado Português, não é entendível, que a não acontecer o financiamento, se deixe morrer um projecto que o próprio Governo considera PIN, deixando goradas irremediavelmente as expectativas de algumas centenas de trabalhadores mas também algumas dezenas de pequenas e médias empresas.

Este “pára, arranca” e indecisão governamental é prejudicial sem dúvida nenhuma para toda a economia regional, pela asfixia que acontece já de algumas empresas que investiram no seu desenvolvimento baseados neste e noutros PIN’s.

Perante estas indecisões, se o projecto “morrer” estarão já avaliados os seus custos? E quem pagará as contas?
O que acontecerá aos trabalhadores (precários), que estão suspensos na construção deste projecto?

Haverá certamente responsáveis.

Sines, 20 de Agosto de 2009

A Direcção

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