02 maio, 2009

Precariedade é Injustiça



Cumprem-se 123 anos sobre a luta dos trabalhadores de Chicago pelas 8 horas de trabalho diário.
A violência e a repressão, associada à justeza da reivindicação e os seus reflexos a nível internacional determinaram a declaração do dia 1 de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Desde então que as lutas dos trabalhadores têm contribuído decisivamente para as alterações significativas nas relações de trabalho, para a construção de um valioso património civilizacional e para um quadro de referências marcantes nas sociedades democráticas.
O direito ao emprego estável e com direitos, a um salário que garanta uma vida digna, a um horário de trabalho que assegure a conciliação da vida profissional com a familiar, a condições de segurança, higiene e saúde no trabalho, ao respeito pelos contratos colectivos e direitos referenciados e consagrados na Constituição da República Portuguesa, constituem valores estruturantes de uma sociedade democrática, de bem-estar e progresso social e portanto eficaz, onde o trabalho tem que ser dignificado.
Hoje, como ontem, permanecem actuais os objectivos de luta no 1º de Maio.
Mudar de Rumo – Dignificar os Trabalhadores, mais e melhor Emprego, mais Salários mais justos, mais Direitos dignificantes e efectivos é o lema deste 1º de Maio.
Em 2009, não obstante a consagração na Constituição da República Portuguesa de um conjunto de direitos, como pilares essenciais do regime democrático, o sistema de relações laborais encontra-se fragilizado, atacado, posto em causa, desequilibrado relativamente à relação de forças que este Governo alterou com o apoio da maioria parlamentar absolutista que o suporta sempre a favor do grande patronato
A situação social agravou-se para a generalidade dos portugueses.
As promessas de emprego do Governo do PS esvaiu-se no aumento do desemprego e da precariedade. A generalidade dos salários e das pensões perdem poder de compra. As famílias estão mais pobres, doentes e endividadas. As desigualdades e a pobreza atingem níveis preocupantes enquanto os grupos económicos e financeiros continuam a ter lucros alucinantes.
Anteriormente era o combate ao défice, agora é a crise. Qual Crise?
A lógica é a mesma: colocar os patrões a lucrar e os trabalhadores a perder e a pagar.
Mas os Portugueses, na sua larga maioria, dirá que não votou na crise!
Pois não!
Por isso dizemos que, É hora de mudar de rumo.
Para a solução dos problemas do país e dos Portugueses é urgente romper com estas políticas.
Neste 1º de Maio estamos e temos que lutar por uma sociedade com dimensão humana, que é o único factor de progresso e desenvolvimento, por uma sociedade que reparte a riqueza de forma mais justa, desde logo com melhor redistribuição da massa salarial em cada empresa, que respeite e dignifique quem trabalha, que coloque o Estado ao serviço do bem-estar público e a favor de todos os trabalhadores e da população.
Mudar de Rumo é possível, urgente e necessário.

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